terça-feira, 19 de abril de 2011

Indicação de bibliografia: Manual de Indicadores de Avaliação e Monitoramento das Demandas Judiciais de Medicamentos

Hoje, no "informe ENSP" a notícia de que a Escola Nacional de Saúde Pública -ENSP está disponibilizando o Manual de Indicadores de Avaliação e Monitoramento das Demandas Judiciais de Medicamentos.  
De acordo com o informativo, "A publicação é resultado de um projeto que estabeleceu 30 indicadores considerados essenciais para se compreender melhor a demanda de medicamentos por meio da justiça. O trabalho, que teve o Estado do Rio de Janeiro como modelo, gerou indicadores que poderão servir de base para que o SUS e o sistema de justiça possam realizar o monitoramento das ações judiciais e garantir o acesso da população a medicamentos de qualidade e com segurança. O manual está disponível para download na Biblioteca Multimídia da ENSP."
O Manual pretende não só "[...] identificar as dificuldades, mas também criar condições para ação de gestores e profissionais da saúde e do direito, favorecendo a formulação de estratégias, instrumentos e mecanismos para a melhoria da Assistência Farmacêutica e para a redução da intensidade das ações judiciais."
Transcrevo logo abaixo  um trecho da apresentação do Manual - feita por Vera Lúcia Edais Pepe - que tem conexão com assuntos já abordados no Blog, como a necessidade de especialistas em Direito Sanitário, e temas que ainda serão tratados, como a clássica divisão de poderes do Estado (já ultrapassada) e o relacionamento entre judiciário e executivo.
"O fenômeno da judicialização da saúde tem se manifestado no Brasil, nas últimas duas décadas, principalmente, na crescente demanda feita pelo cidadão, via judiciário, por aquisição de medicamentos. A linha de tensão entre o judiciário e o setor saúde, revela dificuldades e fragilidades institucionais, políticas, sociais e culturais brasileiras. Duas dificuldades podem ser destacadas: a) a dos gestores na tomada de decisão, em especial, relativas à ausência de instrumentos ágeis e sistemáticos de informação e de análise da demanda judicial, e de conhecimento de aspectos importantes da atuação do sistema judicial; b) a dos agentes do sistema de justiça em relação à dinâmica do sistema público de saúde e, em especial, da organização e regulamentação da assistência farmacêutica no SUS,comprometendo a qualidade e a efetividade da intervenção judicial." (PEPE;VENTURA 2011, p.7)
Dados bibliográficos do Manual:
PEPE, Vera Lúcia Edais; VENTURA, Miriam (Orgs.).Manual indicadores de avaliação e monitoramento das demandas judiciais de medicamentos.Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, 2011. Disponível on line.
Relacionado ao tema desse Manual indico os seguintes trabalhos: 
AGUSTINI, Carlos Fernando Coruja. O protocolo clínico como parâmetro para decisão judicial sobre o fornecimento de medicamentos excepcionais. Tese de doutorado defendida no Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2009.
MARQUES, Silvia Bandim. A relação do sistema jurídico e do sistema político na garantia do direito social à assistência farmacêutica: o caso do Estado de São Paulo. Dissertação apresentada no Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2005.
MARQUES Silvia Badim. DALLARI, Sueli Gandolfi.  Garantia do direito social à assistência farmacêutica no Estado de São Paulo. IN: Revista de Saúde Pública 2007; 41(1): 101-7. Disponível  on line.
 RONSEIN, Juanna Gabriela. Análise do perfil das solicitações de medicamentos por demanda judicial no Estado de Santa Catarina no periódo de 2005 a 2008. Dissertação apresentada no Programa  de Pós-graduação em Framácia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2010.

domingo, 17 de abril de 2011

DE OLHO NA PARTICIPAÇÃO EM SAÚDE: Consulta pública


A preocupação com o tema participação em saúde levou-me a fazer um post , no dia 24 de março, sobre as Contratações Participativas no Ministério da Saúde.
Com a intenção de manter postagens sobre a temática - sobre as atuais oportunidades e propostas para participação na área de saúde -  resolvi criar o seguinte tópico para as postagens que  a envolvem: DE OLHO NA PARTICIPAÇÃO EM SAÚDE.
Desta forma, hoje destaco mais uma possibilidade de participação na área da saúde:  CONSULTAS PÚBLICAS realizadas pelo Ministério da Saúde. 
“O Sistema Único de Saúde - SUS utiliza o mecanismo de 'Consultas Públicas' para colher contribuições, tanto de setores especializados quanto da sociedade em geral, sobre as políticas e os instrumentos legais que irão orientar as diversas ações no campo da saúde no país.
A ferramenta de consulta pública abre a possibilidade de uma ampla discussão sobre diversos temas na área de saúde, permitindo que você participe e contribua na construção do sistema de saúde brasileiro. Por meio da consulta publica o processo de elaboração do documento é democrático e transparente para a sociedade.
As consultas públicas estão divididas por assunto, os documentos são públicos e para contribuir com as mesmas solicitamos o seu cadastro prévio, o que possibilita uma comunicação posterior, se necessário, visando esclarecimentos e ou retirada de dúvidas acerca da sua contribuição”. Estas informações estão neste link.
No site do Ministério da Saúde constam as consultas encerradas e a consulta em andamento. 
Reafirmo que a intenção nesse momento - assim como destacado no post sobre contratações participativas - não é fazer uma análise sobre a conveniência, funcionamento etc. sobre tais instrumentos Por ora ,venho apenas destacar quais os mecanismos que têm sido criados para incentivar a participação em saúde. Em momento oportuno farei as minhas observações sobre tais iniciativas.